sábado, 10 de setembro de 2011

Talvez...

... eu tenha chamado de "mundo", esse meu modo de ser um pouco de tudo. Como posso amar a grandeza do mundo, se não posso amar o tamanho da minha natureza? Enquanto eu imaginar que Deus é bom, só porque eu sou ruim, não estarei amando a nada: será apenas o meu modo de me acusar. Eu que sem nem ao menos ter me percorrido toda, já escolhi amar o meu contrário, e ao meu contrário quero chamar de Deus. Eu que jamais me habituei a mim, estava querendo que o mundo não me escandalizasse. Porque eu que de mim só consegui foi me submeter a mim mesma, pois sou tão mais inexorável de que eu, eu estava querendo me compensar de mim, com uma terra menos violenta que eu.
Porque enquanto eu amar um "Deus" só porque não me quero, serei um dado marcado, e o jogo da minha vida maior não se fará.
Enquanto eu inventar Deus, ele não existe.